Friday, August 28, 2009

Documentários musicais


Documentários sempre foram o "patinho feio" das salas de cinema. Esta categoria cinematográfica nunca atraiu público, o que impossibilita um maior aporte de novas produções. Além disso, os documentários dificilmente chegam à população - leia-se: televisão aberta. Seguindo esse raciocínio, além das dificuldades técnicas/orçamentárias e da falta de público, um dos ramos dos documentários - especialmente no Brasil - sofre outro problema: a falta de projetos. Os documentários musicais brasileiros são escassos. Mesmo contando com uma rica salada sonora, a falta de produções cinematográficas que abordem o tema música é latente.

No entanto, neste ano, contra todos os prognósticos, vários documentários musicais saíram do papel e chegaram nas telas dos cinemas brasileiros. E para confirmar este fato, dois eventos estão contribuindo para quebrar o paradigma que circundam os documentários. O primeiro foi o festival internacional documentário musical (In-edit). Evento que aconteceu em São Paulo, de 26 de junho a 05 de julho, contou com produções de todo o mundo. Esta foi a primeira vez que o Brasil recebeu tal evento. O segundo evento é a premiação anual da MTV Brasil que conta com uma nova categoria - melhor documentário musical. E os indicados nunca foram tão escolhidos para uma premiação, são eles:

Coração Vagabundo - Dir. Fernando Grostein Andrade: filme que conta a intimidade do cantor baiano durante a turnê do álbum "Foreign sound.

Dub Echoes - Dir. Bruno Natal: conta a trajetória do Dub. O ritmo que saiu das ruas de Kingston (Jamaica) para o mundo

Loki - Dir. Paulo Henrique Fontenelle: Narra a trajetória do músico Arnaldo Baptista. De mutante à louco.

Simonal, você não sabe o duro que dei - Dir. Claudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer: Conta a história do cantor Simonal. Um músico que no auge da carreira cai no ostracismo devido a uma falsa acusação de apoio ao governo militar nos anos 70.

Titãs - A vida até parece uma festa - Dir. Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves: Filme que conta a história do grupo paulista.

Vote no seu preferido. O meu é "Simonal".

Nesta premiação da MTV faltou o "Guidable - A verdadeira história do Ratos de Porão". Ainda não vi, mas uma banda de punk que vai até o programa da Angélica merece todo o respeito e admiração.

Ah, e o "Jards Macalé - Um Morcego na Porta Principal". Filme narra a história musical do "maldito" da contra-cultura paulista nas últimas quatro décadas.


Para completar, a MTV Brasil, em setembro, irá exibir vários documentários musicais. Clique aqui e veja quais são.





Tuesday, August 25, 2009

Belchior e Richey Edwards


O sumiço do músico Belchior é algo intrigante. Sumido há meses, deixou tudo para trás: casa, carros, bens, e a vida de músico. As razões ninguém sabe, só o próprio cantor poderá responder. E isso não é a razão deste post.

A situação do Belchior se assemelha bastante com a de outra celebridade musical, Richey Edwards, o guitarrista e principal letrista nos primeiros discos do grupo britânico "Manic Street Preachers". Em fevereiro de 1995, o carro do músico inglês foi encontrado na ponte Severn, Londres, tudo estava lá: roupas, documentos, dinheiro... só que não havia pistas do que tinha acontecido com o Richey Edwards. Buscas foram feitas, mergulhadores vasculharam o rio, uma campanha maciça foi feita na tentativa de localizá-lo. NADA, nada foi encontrado. Em novembro do ano passado, a polícia inglesa juntamente com a família de Richey deram fim nas buscas. Richey James Edwards foi declarado morto.

Espero que não aconteça o mesmo com o Belchior. O disco Alucinação de 1976 é uma das obras-primas da música nacional. É um daqueles discos que você canta do início ao fim, as músicas já fazem parte do seu inconsciente, e no fim da audição há aquela sensação de bem-estar.


"Você não sente, não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era novo, jovem
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer (bis)"

Sunday, August 23, 2009

The fixer - Clipe novo do Pearl Jam




Dirigido pelo Cameron Crowe

Saturday, August 22, 2009

Pantera e o nervos

Nunca fui fã de heavy metal. Mas, para ser diferente, eu sou fã de Pantera. É a única coisa que suporto com distorção, palavrões e guturais - fora que sempre quis ter a voz do Phil Anselmo.

Ouvir Pantera é ótimo um exercício para acalmar os nervos. Quando o windows dá merda, a namorada enche o saco, não tem aula na faculdade e o ônibus demora a passar, eu penso nessa canção aqui:



É isso. Encha os peitos e grite a plenos pulmões


Melhor que maracujina


Essa música também é ótima:

Você acredita nele?



Enquanto o senado afunda no mar de lama, o nosso presidente faz isso aí.


Em 2010 teremos um ano de muitas emoções - "haja coração" Galvão Bueno. Do jeito que as coisas estão, O Brasil terá uma mulher no planalto. Não, não será a Dilma. Será a Marina Silva.

Nick Drake

A música é uma coisa estranha. As pessoas endeusam tantos sem talento, sem alma, sem música e esquecem/renegam alguns "gênios da raça" que passam pela vida sem o reconhecimento merecido. Muitas vezes esses músicos, que vivem na sombra de tudo, só terão a existência revelada depois de mortos. Contudo, a essência - a música - é eterna. E isso é o que interessa.

Um caso clássico desse fênomeno post-mortem é o do Nick Drake. Filho de pais ricos (pai engenheiro e mãe musicista), nasceu na antiga Birmânia, atualmente Myanmar, em 1948 - seu pai trabalhava na construção de uma ferrovia no país oriental -, Nick Drake se mudou para Londres ainda criança para estudar. Estudou nos melhores colégios londrino e ingressou na Universidade de Cambridge, mas a grande paixão da sua vida era a música. Aprendeu a tocar piano e violão com a mãe, além disso, aprendeu a tocar outros instrumentos como clarinete e saxofone.

Com o tempo desenvolveu uma técnica própria de tocar violão. Utilizava a técnica de finger-picking, bastante comum entre os músicos folk, a diferença é que conseguia deixar as notas limpas deixando o som bem incorpado. Outra característica são as variações de afinação do violão que usava entre uma música e outra. Geralmente, ele baixava a afinação de cada corda para deixar o violão mais grave.

Em 1969 lançou o primeiro disco, "Five leaves left", bem recebido ela crítica e um fracasso de vendas. Neste disco, Drake deu uma cara mais bucólica as músicas e incluiu alguns arranjos orquestrados. É um disco de voz e violão, parece simples, mas ouça "Time has told me" e se surpreenda pela força da música que arrebata a alma de quem ouve.

No ano seguinte, o segundo disco "Bryter Layter" já conta com uma banda de apoio. Drake se junta aos músicos do Fairport Convention e ao John Cale (Velvet Underground). Na nova empreitada, a sonoridade mescla folk, jazz e elementos de música clássica. A intenção era tornar o som mais pop. O resultado: outro fracasso de vendas. Na Inglaterra apenas 3 mil cópias foram vendidas.

Desolado com o insucesso musical, Drake só volta a lançar um disco em 1972. O "Pink Moon" é um retorno a essência folk. Novamente, as grandes canções foram esquecidas por mais um fracasso em vendas. Este foi o último disco lançado oficialmente.

O fracasso comercial abalou psicologicamente o músico. Internou-se em clínicas psiquiátricas por causa dos surtos depressivos. Costuma telefonar para desconhecidos e perguntava se a pessoa conhecia Nick Drake. Em 1974, numa noite após ouvir muita música, ele abusa dos soníferos e dorme. Na manhã seguinte sua irmã o encontra morto sobre a cama. É o fim de um mito que vivia sob a sombra. Mas a sua música é eterna e Ninguém pode calar a sua voz.


Para ouvir:








Tuesday, August 18, 2009

Ausência

Ando em falta com o blog. No entanto, eu agora tenho várias atividades que me afastam da vida virtual. Espero que eu consiga reorganizar meus horários e, assim, poderei escrever no blog.


Saturday, August 08, 2009

Três escritores em vídeo

Franz Kafka

Animação inspirada no filme "A metamorfose"





Ernest Hemmingway


Cenas do escritor em momentos de descontração: pesca, amigos e muita bebida.




Fiódor Dostoievsky



Imagens de encenações de "Crime e Castigo" para teatro e cinema.

Wednesday, August 05, 2009

Jazz Overdose

Gosta de jazz? Quer conhecer Jazz?


Veja esse blog tem tudo

http://jazzcartoon.blogspot.com/

La gripe porcina; operação pandemia

O documentário produzido pelo argentino Júlian Alterini lança para a população a seguinte questão: o que está por trás da histeria midiática no combate ao vírus H1N1?


Tuesday, August 04, 2009

O poder da música




O músico Bobby McFerrin demonstra o poder que a música exerce. Para isso, ele faz uma demonstração com a escala pentatônica e a noção da percepção/expectativa da mente.