Monday, December 07, 2009

CONTEMPLANDO A NATUREZA COM A ALMA

Trilha Ecológica é utilizada como instrumento de inclusão para deficientes visuais do RN

SUPERAÇÃO, essa é a palavra que define o dia a dia do deficiente visual. Ainda mais num país aonde a acessibilidade ainda não chega nem perto do aceitável, a vida de um deficiente visual, ou qualquer outro portador de deficiência ou mental, é um verdadeiro martírio. Pensando em ajudar os deficientes visuais nessa batalha do cotidiano, alunos e professores da UFRN participam do Programa de Combate e Prevenção do Estresse Direcionado aos Deficientes Visuais: Planejando e Construindo Trilhas Ecológicas para Cegos. Projeto de extensão coordenado pelo Prof. Pitágoras José Bindé em comuna com os alunos da Universidade Federal.

O Projeto visa combater e prevenir o estresse através de uma atividade físico-mental, trabalhando com os integrantes do Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do IERC/RN uma maneira de fomentar a individualização do aprendizado; estimular a concretização da tarefa; proporcionar um ensino unificado que tende a contextualizar o conhecimento em sua totalidade, bem como oferecer uma estimulação adicional aos cegos e o desenvolvimento de auto-atividades.

Sem fins lucrativos, o IERC é uma instituição reconhecida de utilidade pública municipal, estadual e federal, tendo seu registro no Conselho Nacional de Assistência Social. A partir de um trabalho multidisciplinar que abarcou as áreas de Educação Física, Psicologia e Comunicação foi desenvolvido uma primeira versão de um projeto de trilhas ecológicas para deficientes visuais com o objetivo principal de proporcionar aos participantes desta atividade o combate e prevenção do estresse através de uma atividade físico-mental

Cerca de 50 participantes organizaram um trekking, no dia 27 de novembro, partindo do Clube Jiqui até a Chácara Renascer. O Trekking também é conhecido como Enduro de Regularidade que consiste em uma trilha pré-estabelecida por uma organização onde os integrantes das equipes recebem uma planilha contendo os trechos a serem seguidos, suas velocidades e distâncias. A velocidade média se encontra em metros por minuto e a distância em metros. As atividades iniciaram-se com uma pequena atividade de alongamento, depois os participantes foram divididos em equipes onde houve uma fundamentação sobre o tema estresse. As atividades continuaram com um cabo de guerra entre as equipes no rio e ocorreu também a Troca de guias – quando cegos passaram a guiar os não-cegos. Logo após ocorreu uma palestra nutricional e algumas atividade físico-cognitivas com os participantes. Ao fim, aconteceu um churrasco de confraternização de todos que participaram do evento na chácara Renascer.


Texto publicado para obtenção de nota na disciplina de psicologia da comunicação


MARKSUEL DE OLIVEIRA FIGUEREDO
JALMIR ADALBERTO BARROS DE OLIVEIRA
LUCAS MATTHAUS ARAUJO LEANDRO

Um filme, um disco e um livro

Filme - 500 dias com ela


Resumo: Amor sem pieguice, The Smiths e Zooey Deschanel

Disco - Neutral Milk Hotel - In the Aeroplane Over the Sea


Resumo: Folk, fuzz, indie e melodias pegajosas

Livro - Alta Fidelidade - Nick Hornby



Resumo: O sonho de todo homem: música, mulher e assuntos aleatórios - não necessariamente nesta ordem.

Thursday, December 03, 2009

Natal e o complexo de Narciso

A lenda de grega de Narciso narra a história de um jovem com grande beleza – comparável aos deuses -, no entanto, a sua beleza o levou a ruína. O jovem morre por ficar embevecido com sua imagem refletida nas águas de um rio. O psicanalista Sigmund Freud, em seus estudos da psique humana, descreve que o ato de contemplar demasiadamente a própria beleza e de alimentar uma extremada defesa do ego é chamado de narcisismo. No entanto, o que Natal tem a ver com isso? O complexo de Narciso é algo inato a população da cidade. Talvez seja algo genético, talvez a água com nitrato da companhia de água e esgotos, talvez seja o clima – melhor ar da América latina -, não sei realmente o que é, mas é algo risível e, mesmo triste, ver as pessoas de Natal orgulhosas com as suas pequenezas. Estas pessoas amam defender a sua inanição intelectual.


Um dos mais famosos lemas socráticos conta: "Conhece-te a ti mesmo". Tomando por base a tarefa de descrever o "bairrismo na população natalense", eu fui atrás de depoimentos que me dessem essa certeza: somos totalmente ignorantes em relação a nossa ignorância.


Primeiramente, comecei estudando a célula-base da sociedade – a família. Não precisei pesquisar muito. Meus pais já me deram respostas suficientes. Só fazem compras de gêneros alimentícios em estabelecimentos gerenciados por "pessoas da terra". Ambos são funcionários públicos, sempre defendem os políticos locais, pois sem eles, os políticos, o emprego dos dois não existiria. Somente se informam através dos telejornais locais, e sempre se manifestam contra a vinda de empresas estrangeiras ou de outros estados para Natal.


Sempre me incomodou a obrigação de "louvar ou saudar" os frutos da terra. Culturalmente falando, qual a grande manifestação cultural natalense? Falácias. Sim, mas se houver algo que atinja relativamente grande parte da nossa população, então que o que escrevi caia no esquecimento. Não tenho a pachorra de afirmar que Natal é uma cidade pobre culturalmente falando. E isso é tão importante quanto às questões de saúde e educação; a cultura é um mecanismo de libertação e criação de análise crítica da sociedade.


Como aluno do curso de jornalismo, eu me sinto incomodado pelo nível de boçalidade que alguns membros da turma demonstram. Isso é reflexo das relações sociais que estabelecem ao longo da vida. Somos pessoas medíocres (eu incluso) narcisistas. Amamos nossa pobreza intelectual. Assim, algo se fortalece em meio a isso – um establishment de mediocridade plena. Forma-se uma massa incorruptível e impossível de escapar. Quem não se adéqua ao establishment fica alijado e longe de tudo. Conversa de perdedor? Talvez, mas é isso que a choldra medíocre nos força a crer.


Defender os próprios interesses não é errado. Elogiar e prestigiar a cultura, a política e economia não é algo errado - quando for necessário. Mas será necessário alimentar um sentimento ufanista e, ao mesmo tempo, alienador? Será necessário este separatismo regional que impomos a nossa realidade? Saiamos da zona de conforto. Que rompemos com a bolha de mediocridade falaciosa que nos cerca. Estamos numa realidade em que a informação é o bem mais importante e mais valioso. Este é um novo mundo totalmente conectado e liberto das amarras da ignorância.


Sonho com uma nova realidade para nós, natalenses. Um dia não mais seguiremos as normas cabais da frivolidade; não mais concordaremos com os políticos e suas famigeradas promessas televisionadas; não mais louvaremos o que achamos ruim, temos de ter um senso crítico mais verdadeiro; não mais concordaremos com alguém que esteja errado, apenas para defender nossos interesses. Por fim, que sejamos mais responsáveis por nossas vidas.

Monday, November 23, 2009

O gênesis do conhecimento

A classificação, o conceito, a definição e a descrição formam os fenômenos científicos. No entanto, desde quando, melhor dizendo, em que momento da história uma idéia, um pensamento, um sentimento passou a ser determinado como padrão ou realidade cientifica? A ciência é vida. E como essência é mutável, adaptável e segue determinados mecanismos que a explicam. A história, seguindo este raciocínio, é o fio condutor da transformação científica. Pois nada mais é que um diálogo do homem com a natureza.

A Ciência, ontologicamente falando, é uma metáfora de si mesma. As suas relações com a cultura, ética do pensamento e a reflexão sobra à sociedade fomentam a transfiguração do conceito.

A criatividade, ativada pela tríade percepção/observação/necessidade, é a ferramenta básica para a construção do pensamento científico. O papel reflexivo do ser humano na constituição da problemática sócio-cultural condiciona o surgimento do pensamento científico. Constituído o problema, podem-se constituir mecanismos capazes entender/solucionar, de maneira lógica e estruturada, o questionamento em questão.

A sociedade atual padece da incapacidade de compreender sua mutação. Não compreender a dialógica da dicotomia bom/mau ou falso/verdadeiro leva a um estado de desigualdade social. Do mesmo modo, o conhecimento é cada vez mais fragmentado e restrito. O que acarreta em graves problemas para toda a sociedade. Capra (1982) afirma que são três as causas para as atuais mazelas da sociedade: proximidade do fim das reservas naturais, crise do patriarcado e uma crise de valores.

Desassociar a ciência da natureza é um dos grandes erros do ser humano. Outro equivoco comum, surgido com a evolução e fragmentação do conhecimento, é o antagonismo criado entre razão e emoção. A plasticidade neurocerebral. Permite reproblematizar a relação, antes inconcebível ou difícil de admitir, entre intelecto e emoção. (Sacks, 1995).

Wednesday, November 11, 2009

O disco

A poeira se acumula na minha prateleira. Meus discos possuem uma nova capa com a sujeira que cresce a cada dia. Este é um retrato simétrico ao que acontece com o mercado fonográfico atual. Os discos estão esquecidos. As razões são: as tecnologias de compartilhamento de arquivos e os preços abusivos que induzem a primeira razão.

Lembro que comprar um disco era o evento da semana. Juntar dinheiro por dias a fio, ir à loja namorar o álbum pretendido, escondê-lo das outras pessoas e, finalmente, exercer o poder de compra. Era uma experiência singular. Quando chegava em casa, eu cumpria sempre o mesmo ritual. Trancava as portas do quarto, ligava o som, contemplava o encarte e me deixava sorver a música. Um momento mágico – sinestésico – ao ver cores, formas e imagens brotando das notas musicais.

Com o tempo, isso se perdeu. Quem perde tempo ouvindo um disco? Vivemos o tempo do tudo ao mesmo tempo agora. De uma nova realidade que nos impõe várias tarefas simultaneamente. A sensação é o que tempo ficou mais curto para as coisas que nos davam prazer. Assim, a música passa por um momento de afirmação. Se antes ouvíamos música por prazer, hoje ouvimos para nos acompanhar em não sei quantas tarefas ao mesmo tempo. Eu, por exemplo, escrevo este texto, leio os jornais digitais, respondo e-mails e ouço música. Talvez para dar foco, mas creio que seja apenas uma forma de me separar da confusão que é a vida. É bom estar só com os pensamentos, não se preocupar com o que está a sua volta.

Outra preocupação do disco é com seu conteúdo. Até o fim dos anos 90, o disco representava um determinado período criativo para o artista. Estava ali, por uma dúzia de canções, uma realidade amarrada através da música, que o ouvinte escolhia como trilha sonora para a semana. Hoje isso não existe. Os artistas se preocupam em fazer uma ou duas canções. A rapidez do download criou uma massa de ouvintes mais seletiva. Se um disco possui apenas uma música boa, o resto é descartável. A música se transformou num sistema de fast-food. A qualidade e a criatividade se perderam no caminho, o que importa é saciar a vontade da população com melodias pobres e facilmente esquecidas.

Sinto saudades dos tempos que comprava discos. Eu era feliz e não sabia. Engraçado é que se der vontade de comprar um, eu não terei aonde ir. Natal não possui lojas de discos. Todas sucumbiram com o avanço tecnológico e a falta de preparo administrativo. O que nos resta são os sebos. Talvez eu passe por um hoje, talvez.

Monday, September 14, 2009

Nada a declarar



Ótimo curta. Bem escrito, com boa atuação dos atores e de uma acidez desconcertante.

Friday, September 11, 2009

Internet (4)

Outra coisa interessante.


50 COISAS QUE ESTÃO SENDO MORTAS PELA INTERNET.


Está em inglês. Vi aqui

Internet (3)

Seguindo a linha das maravilhas da internet, eu compartilho como vocês algo que descobri hoje. É um livro virtual sobre os Beatles. Ótima fonte de informação para que se possa saber um pouco do impacto dos cinco jovens de Liverpool na música e nos costumes do nosso planeta.


aqui

Friday, September 04, 2009

Internet (2)

Vi num blog e achei bem interessante. Como tudo na internet, eu copiei e colei.

Como era a Internet antigamente?



Clique na imagem e veja o resto.

Foto: Yahoo em 1996.



Acho que o primeiro site que vi foi o Yahoo, isso em 1998. Ou terá sido o do zipmail? Maldita memória;

Internet

Saiu uma pesquisa que mostra que 71% da população brasileira não possui acesso a internet. Esse é um dado interessante, pois se uma grande parcela da população afirma isso, os outros 29% usam em demasia. Engraçado, o brasileiro com acesso passa semanalmente 24 horas e 41 minutos na frente do computador. Um número digno de países de primeiro mundo. Na França, por exemplo, um internauta gasta 23 horas e 10 minutos. Além disso, boa parte desse tempo é gasto em redes sociais (orkut, twitter, facebook, Blogs?...). O brasileiro gosta mesmo é de conversar e de fazer parte de um grupo. Se isso é bom, não sei, mas somos uma panelinha conectada.

Isso mostra a continuidade da divisão sócio-econômica do Brasil - uns poucos com muito, e muitos com nada.

Dados: IBOPE/net ratings.

Wednesday, September 02, 2009

Blog do Planalto

Nesta Segunda, 31, entrou no ar, depois de muita especulação, o "Blog do Planalto". Um novo canal de comunicação da Presidência da República para expor/divulgar/noticiar todas as ações relacionadas ao cargo político mais importante do Brasil.

Mesmo sendo um canal de comunicação da presidência, o Presidente Lula não participará da organização do blog. Uma equipe de assessoria liderada pelo Ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, terá a responsabilidade de manter e abastecer o site governamental com notícias.

Espera-se que haja transparência neste blog noticioso, tal qual o site da Petrobrás, para que não se transforme num braço para a futura campanha eleitoral. E que não seja, também, um blog de coluna social da presidência, divulgando os encontros do Presidente com personalidades políticas, sociais, artísticas ou esportivas.



Friday, August 28, 2009

Documentários musicais


Documentários sempre foram o "patinho feio" das salas de cinema. Esta categoria cinematográfica nunca atraiu público, o que impossibilita um maior aporte de novas produções. Além disso, os documentários dificilmente chegam à população - leia-se: televisão aberta. Seguindo esse raciocínio, além das dificuldades técnicas/orçamentárias e da falta de público, um dos ramos dos documentários - especialmente no Brasil - sofre outro problema: a falta de projetos. Os documentários musicais brasileiros são escassos. Mesmo contando com uma rica salada sonora, a falta de produções cinematográficas que abordem o tema música é latente.

No entanto, neste ano, contra todos os prognósticos, vários documentários musicais saíram do papel e chegaram nas telas dos cinemas brasileiros. E para confirmar este fato, dois eventos estão contribuindo para quebrar o paradigma que circundam os documentários. O primeiro foi o festival internacional documentário musical (In-edit). Evento que aconteceu em São Paulo, de 26 de junho a 05 de julho, contou com produções de todo o mundo. Esta foi a primeira vez que o Brasil recebeu tal evento. O segundo evento é a premiação anual da MTV Brasil que conta com uma nova categoria - melhor documentário musical. E os indicados nunca foram tão escolhidos para uma premiação, são eles:

Coração Vagabundo - Dir. Fernando Grostein Andrade: filme que conta a intimidade do cantor baiano durante a turnê do álbum "Foreign sound.

Dub Echoes - Dir. Bruno Natal: conta a trajetória do Dub. O ritmo que saiu das ruas de Kingston (Jamaica) para o mundo

Loki - Dir. Paulo Henrique Fontenelle: Narra a trajetória do músico Arnaldo Baptista. De mutante à louco.

Simonal, você não sabe o duro que dei - Dir. Claudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer: Conta a história do cantor Simonal. Um músico que no auge da carreira cai no ostracismo devido a uma falsa acusação de apoio ao governo militar nos anos 70.

Titãs - A vida até parece uma festa - Dir. Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves: Filme que conta a história do grupo paulista.

Vote no seu preferido. O meu é "Simonal".

Nesta premiação da MTV faltou o "Guidable - A verdadeira história do Ratos de Porão". Ainda não vi, mas uma banda de punk que vai até o programa da Angélica merece todo o respeito e admiração.

Ah, e o "Jards Macalé - Um Morcego na Porta Principal". Filme narra a história musical do "maldito" da contra-cultura paulista nas últimas quatro décadas.


Para completar, a MTV Brasil, em setembro, irá exibir vários documentários musicais. Clique aqui e veja quais são.





Tuesday, August 25, 2009

Belchior e Richey Edwards


O sumiço do músico Belchior é algo intrigante. Sumido há meses, deixou tudo para trás: casa, carros, bens, e a vida de músico. As razões ninguém sabe, só o próprio cantor poderá responder. E isso não é a razão deste post.

A situação do Belchior se assemelha bastante com a de outra celebridade musical, Richey Edwards, o guitarrista e principal letrista nos primeiros discos do grupo britânico "Manic Street Preachers". Em fevereiro de 1995, o carro do músico inglês foi encontrado na ponte Severn, Londres, tudo estava lá: roupas, documentos, dinheiro... só que não havia pistas do que tinha acontecido com o Richey Edwards. Buscas foram feitas, mergulhadores vasculharam o rio, uma campanha maciça foi feita na tentativa de localizá-lo. NADA, nada foi encontrado. Em novembro do ano passado, a polícia inglesa juntamente com a família de Richey deram fim nas buscas. Richey James Edwards foi declarado morto.

Espero que não aconteça o mesmo com o Belchior. O disco Alucinação de 1976 é uma das obras-primas da música nacional. É um daqueles discos que você canta do início ao fim, as músicas já fazem parte do seu inconsciente, e no fim da audição há aquela sensação de bem-estar.


"Você não sente, não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era novo, jovem
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer (bis)"

Sunday, August 23, 2009

The fixer - Clipe novo do Pearl Jam




Dirigido pelo Cameron Crowe

Saturday, August 22, 2009

Pantera e o nervos

Nunca fui fã de heavy metal. Mas, para ser diferente, eu sou fã de Pantera. É a única coisa que suporto com distorção, palavrões e guturais - fora que sempre quis ter a voz do Phil Anselmo.

Ouvir Pantera é ótimo um exercício para acalmar os nervos. Quando o windows dá merda, a namorada enche o saco, não tem aula na faculdade e o ônibus demora a passar, eu penso nessa canção aqui:



É isso. Encha os peitos e grite a plenos pulmões


Melhor que maracujina


Essa música também é ótima:

Você acredita nele?



Enquanto o senado afunda no mar de lama, o nosso presidente faz isso aí.


Em 2010 teremos um ano de muitas emoções - "haja coração" Galvão Bueno. Do jeito que as coisas estão, O Brasil terá uma mulher no planalto. Não, não será a Dilma. Será a Marina Silva.

Nick Drake

A música é uma coisa estranha. As pessoas endeusam tantos sem talento, sem alma, sem música e esquecem/renegam alguns "gênios da raça" que passam pela vida sem o reconhecimento merecido. Muitas vezes esses músicos, que vivem na sombra de tudo, só terão a existência revelada depois de mortos. Contudo, a essência - a música - é eterna. E isso é o que interessa.

Um caso clássico desse fênomeno post-mortem é o do Nick Drake. Filho de pais ricos (pai engenheiro e mãe musicista), nasceu na antiga Birmânia, atualmente Myanmar, em 1948 - seu pai trabalhava na construção de uma ferrovia no país oriental -, Nick Drake se mudou para Londres ainda criança para estudar. Estudou nos melhores colégios londrino e ingressou na Universidade de Cambridge, mas a grande paixão da sua vida era a música. Aprendeu a tocar piano e violão com a mãe, além disso, aprendeu a tocar outros instrumentos como clarinete e saxofone.

Com o tempo desenvolveu uma técnica própria de tocar violão. Utilizava a técnica de finger-picking, bastante comum entre os músicos folk, a diferença é que conseguia deixar as notas limpas deixando o som bem incorpado. Outra característica são as variações de afinação do violão que usava entre uma música e outra. Geralmente, ele baixava a afinação de cada corda para deixar o violão mais grave.

Em 1969 lançou o primeiro disco, "Five leaves left", bem recebido ela crítica e um fracasso de vendas. Neste disco, Drake deu uma cara mais bucólica as músicas e incluiu alguns arranjos orquestrados. É um disco de voz e violão, parece simples, mas ouça "Time has told me" e se surpreenda pela força da música que arrebata a alma de quem ouve.

No ano seguinte, o segundo disco "Bryter Layter" já conta com uma banda de apoio. Drake se junta aos músicos do Fairport Convention e ao John Cale (Velvet Underground). Na nova empreitada, a sonoridade mescla folk, jazz e elementos de música clássica. A intenção era tornar o som mais pop. O resultado: outro fracasso de vendas. Na Inglaterra apenas 3 mil cópias foram vendidas.

Desolado com o insucesso musical, Drake só volta a lançar um disco em 1972. O "Pink Moon" é um retorno a essência folk. Novamente, as grandes canções foram esquecidas por mais um fracasso em vendas. Este foi o último disco lançado oficialmente.

O fracasso comercial abalou psicologicamente o músico. Internou-se em clínicas psiquiátricas por causa dos surtos depressivos. Costuma telefonar para desconhecidos e perguntava se a pessoa conhecia Nick Drake. Em 1974, numa noite após ouvir muita música, ele abusa dos soníferos e dorme. Na manhã seguinte sua irmã o encontra morto sobre a cama. É o fim de um mito que vivia sob a sombra. Mas a sua música é eterna e Ninguém pode calar a sua voz.


Para ouvir:








Tuesday, August 18, 2009

Ausência

Ando em falta com o blog. No entanto, eu agora tenho várias atividades que me afastam da vida virtual. Espero que eu consiga reorganizar meus horários e, assim, poderei escrever no blog.


Saturday, August 08, 2009

Três escritores em vídeo

Franz Kafka

Animação inspirada no filme "A metamorfose"





Ernest Hemmingway


Cenas do escritor em momentos de descontração: pesca, amigos e muita bebida.




Fiódor Dostoievsky



Imagens de encenações de "Crime e Castigo" para teatro e cinema.

Wednesday, August 05, 2009

Jazz Overdose

Gosta de jazz? Quer conhecer Jazz?


Veja esse blog tem tudo

http://jazzcartoon.blogspot.com/

La gripe porcina; operação pandemia

O documentário produzido pelo argentino Júlian Alterini lança para a população a seguinte questão: o que está por trás da histeria midiática no combate ao vírus H1N1?


Tuesday, August 04, 2009

O poder da música




O músico Bobby McFerrin demonstra o poder que a música exerce. Para isso, ele faz uma demonstração com a escala pentatônica e a noção da percepção/expectativa da mente.

Friday, July 31, 2009

Balaio de notícias 5


  • Os atores do seriado Seinfeld farão uma reunião de reencontro. Não, não será um retorno da série sobre o nada mais legal de todos os tempos; o que acontece é que na nova temporada da série "Curb your Enthusiasm", protagonizada, produzida e escrita pelo ex-produtor executivo de Seinfeld, Larry David, os atores de Seinfeld participarão em alguns episódios do seriado exibido pela HBO. No Brasil traduzida como "Segura a onda".

  • A série lost está chegando ao fim. Nesta sexta temporada, a última, vários personagens voltarão para participações especiais - até o Santoro (Not) - o intuito é homenagear todos os atores que ajudaram no sucesso deste seriado. Para promover a última temporada, a rede de televisão ABC está divulgando o site da "universidade de lost". As inscrições começam dia 22 de setembro. Matricule-se aqui.

  • “Como julgar uma democracia em que não se tem lei de responsabilidade da mídia nem direito de resposta, diante desse tsunami avassalador da internet e enquanto a Justiça anda a passos de cágado? Como ficam os direitos individuais, a proteção à privacidade, o respeito pela pessoa humana?” Quem disse?? Hein, Quem???? ELE. Quem mandou permitir ao gilmar mendes comparar jornalista com cozinheiro, hein?

Thursday, July 30, 2009

Greg Lake - o melhor vocalista do rock

Sim, ele é. Quem contestar é SURDO



Ah, a música do vídeo está aqui.

Suzanne



Para mim a melhor música do Leonard Cohen. A música fala de um amor não correspondido entre um marinheiro e uma mulher atormentada com delírios religiosos. A letra da canção, boa parte dela, já estava pronta. Cohen a publicou num dos seus livros de poemas (Parasites of Heaven) com o título "Suzanne takes down".

Duas mulheres

Renaissance - Ashes are burning

Annie Haslam, a mulher mais bonita do mundo.
















Patty Smith - Horses


A poetisa

Wednesday, July 29, 2009

Blogs abrem espaço para difusão cultural


Os blogs culturais surgiram como ferramentas de expor trabalhos literários, musicais, fotográficos e de vídeos. A internet permite que haja convergência dos interesses em comum – em um blog sobre cinema, por exemplo, pode-se guardar informações e opiniões sobre filmes –, o blog é o um espaço democrático. A liberdade assistida pelo suporte digital favorece ao autor do blog a facilidade de difundir determinada manifestação cultural. Além de permitir a livre alimentação da informação, o blog permite que haja uma plena interação com os leitores.

Grande parte dos blogs culturais surgiram com a pretensão de serem uma referência em crítica cultural. A difusão cultural não é apenas crítica artística. As manifestações opinativas em relação a um filme, disco, livro ou show não são a essência do fomento a cultura. Tende-se a copiar o formato do jornalismo cultural. O jornalismo cultural é conhecido, principalmente, através de dois gêneros: a crítica e a agenda. Expressões artísticas como a fotografia, o áudio-visual e a pratica de gêneros literários, como: crônica, perfil, notas e principalmente a reportagem acabam sendo colocados de lado no cotidiano da massa blogueira.

Friday, July 24, 2009

Fatos inusitados

O google brasileiro

Uma pequena empresa de informática, no fim dos anos 90, desenvolveu um sistema de buscas tão bom quanto o google. No entanto, a falta de visão estratégica dos seus idealizadores e um pouco de azar acabaram com o projeto tão promissor. Não acredita? leia aqui


O espermatozóide artificial

"Em uma descoberta revolucionária que pode ajudar a combater a infertilidade masculina, uma equipe de cientistas conseguiu originar camundongos mediante a utilização de espermatozóides produzidos em laboratório, a partir de células-tronco embrionárias". Leia a continuação.



Thursday, July 23, 2009

Neil Young - The Loner




Música do primeiro disco do Neil Young. Logo após a saída do grupo Buffalo Springfield, o Young se enfurna no estúdio e sai de lá com um punhado de canções, clássicas antes mesmo de serem lançadas, e dissipam qualquer dúvida quanto ao futuro do cantor canadense em sua carreira como solista - Neil Young tinha 23 anos quando lançou o seu primeiro álbum.




Os mais rápidos do mundo



O vídeo acima é uma compilação de momentos que mostram as pessoas mais rápidas em vários quesitos. Só faltou o Sarney na categoria emissão de atos secretos.

Robert Crumb é gênio


Clique na imagem para visualizar melhor.

Gripe suína.



Antes de tudo, esqueça o que o Serra falou sobre a doença:

Monday, July 20, 2009

The Revolution Will Not Be Televised





Gil Scott Heron estava certo.

Pearl Jam - The Fixer (nova música)




Mais do mesmo. Saudades da fase "No code"

Thursday, July 16, 2009

Wednesday, July 15, 2009

A mídia: uma metamorfose ambulante

“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante”, cantava o roqueiro baiano, Raul Seixas. A mídia como conhecemos passa por transformações diárias. Contudo, em todo o mundo, e mais especificamente, no Brasil, as empresas de mídia não conseguiram se adaptar a metamorfose que os novos tempos preconizavam. Os sistemas de comunicação buscam no livre mercado a sua manutenção. A idéia da mão invisível, tese postulada por Adam Smith, e o capitalismo serviam como cinto de segurança dos sistemas de comunicação – contudo, nem o capitalismo pode deter a força da tecnologia. O teórico da administração, Alvin Toffler, afirmou em seu livro “A terceira onda” (1980) que a economia do século XXI será extremamente dependente da informação. A propriedade intelectual, a posse da informação, será o bem mais precioso na nova economia. Com isso, a questão da mídia e sua relação da sociedade é algo que merece uma maior discussão atualmente. A democratização da mídia é de suma importância para a sociedade como um todo. No entanto, por que essa discussão não é levada à tona? Por que os jornais (TV/rádio/impresso) não discutem com a sociedade sobre isso? As empresas de mídia no Brasil são formadas por oligopólios – Na verdade, são empresas familiares que possuem as concessões de mídia.

A discussão sobre a democratização da mídia ainda é algo incipiente. Na maior parte do tempo se encontra nas páginas de blogs ou sites se propõem em discutir o assunto. Contudo, já é um avanço que a tecnologia proporciona. A internet é a maior revolução da comunicação depois da imprensa – Gutenberg – e o ambiente virtual, a rede digital, possibilita um deslocamento do poder tirânico e ditatorial das empresas privadas, e também do governo, com relação à informação. A manifestação consciente de conteúdos informacionais pode ser feita por qualquer pessoa. Os novos mecanismos digitais forneceram ao usuário/consumidor comum de mídias o poder de produzir seu próprio conteúdo de entretenimento. O fênomeno da web 2.0 possibilitou que sites como o youtube, por exemplo, sejam ferramentas mais populares de entreter e informar, pois há uma relação de proximidade/igualdade entre quem produz e quem consome determinado conteúdo informacional.

A internet é dinâmica, rápida e sempre atualizada. Quer se informar? Saber o que está acontecendo no mundo? Basta acessar qualquer portal de notícias. A internet possibilita uma atualização simultânea de conteúdo - vide a tragédia do vôo 447. Se um determinado fato acontece, sendo ele relevante ou não, quase que instantaneamente ele é posto na rede digital. O ombusdman do jornal “Folha de São Paulo”, em sua coluna diária, escreveu no dia 07 de junho, que o jornal impresso sofre de um mal – o jornal de hoje, na verdade é de ontem. Isso é um exemplo de como as empresas de mídia estão completamente despreparadas para enfrentar a revolução da informação. É dever do governo se manifestar quanto isso. Os nossos vizinhos – Argentina e Venezuela – já estão conduzindo seus processos de democratização e de retirada do poder dos grandes oligopólios de mídia.

Na Argentina, a presidenta Cristina Kirchner enviou ao Congresso o projeto de lei geral de radiodifusão para substituir o decreto-lei 22.285, promulgado pela ditadura militar em 1981 – a lei promete uma revolução na esfera da comunicação. Além da discussão no Congresso, haverá uma campanha de comunicação que deverá estimular o debate público do tema e realçar sua importância para o cotidiano dos argentinos. A principal preocupação do governo argentino é o controle da mídia – eletrônica e/ou impressa –, hoje concentrado nas mãos de uns poucos empresários privados (nacionais e/ou estrangeiros) – o que lhes confere, obviamente, enorme poder (ver abaixo trechos de entrevista de Gabriel Mariotto, interventor do Comité Federal de Radiodifusión). Além disso, ao contrário do Brasil, a Argentina não decidiu ainda sobre o padrão digital que adotará. Também não se decidiu sobre a entrada das teles na distribuição de conteúdo audiovisual. Tudo isso deverá ser regulado previamente por uma nova Lei Geral de Radiodifusão.

O governo venezuelano (leia-se: Hugo Chávez) em abril de 2002, decidiu fortalecer as mídias públicas e comunitárias, formando o chamado Bloco da Imprensa Alternativa. O setor pôde se desenvolver graças a essa política adotada, o que provocou uma raivosa oposição dos setores conservadores, que acusam o governo de atentar contra a liberdade de imprensa, quando acontece exatamente ao contrário.

E o Brasil?

A constituição de 1988 consagrou a liberdade de imprensa como o respeito aos direitos fundamentais do homem, que, através da comunicação coletiva desempenharia o dever de informar e o direito de ser informado. “o acesso à informação pública é um direito inerente à condição de vida em sociedade, que não se pode ser impedido por nenhum interesse”. Será que isso realmente acontece? A democracia se encontra ameaçada por uma mídia cada vez mais concentrada nas mãos de grupos econômicos poderosos, que se postulam com formadores de opinião; alienam o público médio com informações desnecessárias; e não levam informações de interesse público as discussões do dia.

A mídia brasileira, este ano, viu o fim da obrigatoriedade do diploma do jornalismo e mês a mês vê o avanço da tecnologia da televisão digital. A discussão sobre a importância da mídia não dever ser relegada aos teóricos da comunicação, nem deve estar sob o controle das empresas de comunicação. Se a mídia é tão importante, devemos nos perguntar se ela está de fato a serviço da sociedade. Cabe ao governo levar a população esta discussão. Nesta nova realidade que a revolução da informação nos traz, ao olharmos ao redor constatamos que cada pessoa está obviamente cercada, tanto individual como coletivamente, por palavras, idéias e imagens que penetram nossos olhos, nossos ouvidos e nossa mente, quer queiramos ou não e que nos atingem, sem que o saibamos, do mesmo modo que milhares de mensagens enviadas por ondas eletromagnéticas circulam no ar sem que as vejamos e se tornam palavras em um receptor de telefone, ou se tornam imagens na tela de televisão. Para Norberto Bobbio: “O processo de democratização da mídia, portanto, consiste em dar voz a esse receptor, de modo que ele se torne um agente participativo da aldeia comunicacional, interagindo, opinando e sendo convidado a decidir, junto aos emissores, sobre a qualidade dos conteúdos que os meios dispõem. Nessa direção, o conceito de receptor seria rearticulado para consolidar-se como sujeito ativo da comum-ação”.

O sociólogo Herbert de Souza (Betinho) afirmava que: “o termômetro que mede a democracia numa sociedade é o mesmo que mede a participação dos cidadãos na comunicação”. As empresas de mídia do Brasil não devem ser influenciadas unicamente, exclusivamente, pelas mãos do mercado. A comunicação não é um bem privado. O acesso a comunicação é, sempre deverá ser, um bem público. Cabe ao governo reverter este processo de privatização da informação – antes que seja tarde mais.