Monday, November 23, 2009

O gênesis do conhecimento

A classificação, o conceito, a definição e a descrição formam os fenômenos científicos. No entanto, desde quando, melhor dizendo, em que momento da história uma idéia, um pensamento, um sentimento passou a ser determinado como padrão ou realidade cientifica? A ciência é vida. E como essência é mutável, adaptável e segue determinados mecanismos que a explicam. A história, seguindo este raciocínio, é o fio condutor da transformação científica. Pois nada mais é que um diálogo do homem com a natureza.

A Ciência, ontologicamente falando, é uma metáfora de si mesma. As suas relações com a cultura, ética do pensamento e a reflexão sobra à sociedade fomentam a transfiguração do conceito.

A criatividade, ativada pela tríade percepção/observação/necessidade, é a ferramenta básica para a construção do pensamento científico. O papel reflexivo do ser humano na constituição da problemática sócio-cultural condiciona o surgimento do pensamento científico. Constituído o problema, podem-se constituir mecanismos capazes entender/solucionar, de maneira lógica e estruturada, o questionamento em questão.

A sociedade atual padece da incapacidade de compreender sua mutação. Não compreender a dialógica da dicotomia bom/mau ou falso/verdadeiro leva a um estado de desigualdade social. Do mesmo modo, o conhecimento é cada vez mais fragmentado e restrito. O que acarreta em graves problemas para toda a sociedade. Capra (1982) afirma que são três as causas para as atuais mazelas da sociedade: proximidade do fim das reservas naturais, crise do patriarcado e uma crise de valores.

Desassociar a ciência da natureza é um dos grandes erros do ser humano. Outro equivoco comum, surgido com a evolução e fragmentação do conhecimento, é o antagonismo criado entre razão e emoção. A plasticidade neurocerebral. Permite reproblematizar a relação, antes inconcebível ou difícil de admitir, entre intelecto e emoção. (Sacks, 1995).

1 comment:

Cleo Lima said...

atualizei o blog, fii. passa lá!