Thursday, March 26, 2009

Indie bom é indie morto

A termo Indie é muito utilizado atualmente. Manter certa distância do mainstream e estar na boca e ouvido dos descolados deixou de ser o dogma maior do Indie. Isso se parece bem com a nossa política que não se destingue mais quem é direita ou esquerda (tá, há os aliendos socialistas, mas eles não contam). Hoje está tudo tão amalgmado na música, misturado de tal forma, que não se sabe mais o que determinado grupo representa/significa, a que estilo pertence nem mesmo se gostam de música (tem isso também). Com a internet o paradigma da exclusividade e de isolamento do indie foi quebrado. Se formos olhar o que cada pessoa ouve no no seu mp3 player, certamente se encontrará um artista antes tido como desconhecido. Eu fui ver o que uma amiga estava ouvindo e notei que ela ouvia: Elliott Smith - XO. Quem? me digam, quem? Quem que sem a internet ouviria algo assim. A cultura indie com a internet alcançou o sucesso. Talvez, sucesso em partes, mas é sim uma valorização de toda uma "camada de excluídos". Um grupo sueco pode gravar uma música, colocar no myspace, um blog americano posta o site da banda, e você vai e reapssa para seus amigos via Orkut. Impossível? Hoje não. Amém, por isso. E, engraçado, até quem quem é do mainstream quer ser um pouco indie (vide: Caetano Veloso). Com isso a vida segue. O indie chegar as massas é algo bom? Realmente, não sei. Entretanto, eu gosto de ver que tudo que o ouço/ouvia escondido foi descoberto pelas pessoas. Repassar cultura é o bom da coisa. Enquanto pudermos compartilhar os bons sons que nos trazem prazer, eu não me importo se o indie sumir.

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