Natal, a cidade da copa e do game

Natal está na mídia. Enquanto os parasitas - auto-intitulados: políticos -, refestelam-se na farra que será a copa de 2014, outro evento expõem a cidade do sol para a mídia. Mas falemos primeiramente da copa.

Antes de tudo: ser contra a copa 2014 em Natal, não é ser antinacionalista ou ser anti-futebol - Que fique claro.

O problema é: o que a copa trará de bom, especificamente, para Natal? NADA. Ficará um legado. Um enorme "elefante branco" sem uso ou subutilizado. A área planejada para o projeto engloba o centro administrativo estadual, um estádio de futebol e um ginásio poliesportivo. Tudo isso será pó no próximo ano. Com o término da Copa sobrará um enorme complexo administrativo, comercial e esportivo relegado ao ócio.

Os políticos potiguares estão em festa – 800 milhões, na mais humilde previsão, será o montante utilizado para demolição e construção do complexo das dunas -, todos eles são pais ou mães da Copa. A massa descerebrada, famigerada e corruptela potiguar festejou e muito o anúncio. Homens e mulheres enchem o peito e falam dos seus esforços para que a copa aterrissasse em Natal.

Logo após o fatídico anúncio, dito de forma triste por Joseph Blatter, a FIFA determinou que cada cidade devesse formar um comitê executivo para organizar/planejar/executar a obra, no entanto, como nossos políticos são sempre bem dispostos, a prefeita "borboleta" já está formando seu conluio e a governadora "guerreira" monta seu bando. Bem, isto foi o serviço das mães. Já os pais da copa temos vários: o esposo da borboleta, um ex-vereador e dublê de jornalista, o dePUTadO galã que usou verba pública para ganhar dinheiro no carnatal e um outro deputado, um que ganhou o apelido de "copa do mundo", pois só aparece de quatro em quatro na época da eleição. Todos eles posam com camisas da seleção, dão entrevistas exaltando a explosão desenvolvimento que Natal terá após a copa e, com isso, já vão ganhando terreno para as eleições estaduais/federais de 2010.

No fim de tudo, a cidade terá um estádio moderno feito através de superfaturamentos, uma área comercial jogada as traças, e, por fim, o governo ainda terá de pagar para utilizar o "centro administrativo". Pois com a reforma, toda a área será administrada por uma empresa privada.

Dinheiro jogado no lixo, nos bolsos de ladrões parasitas que irão se refestelar com os jogos: Bahrein X Jamaica ou Egito X Costa Rica. Já que são 12 cidades, a possibilidade de termos mais de 02 jogos é praticamente nula – vide a copa de 2006.

Bem, e o carnatal? (foda-se!!). Ah, isso é importante. Nosso dinheiro irá bancar um carnatródomo (quê?). Isso mesmo, junte as peças: Copa + dinheiro + Deputado ladrão + Dest... produções + carnatal = carnatródomo. Legal, né?

O segundo fato que traz a "cidade do sol" para a mídia é o lançamento do Project Natal, pela Microsoft, através da plataforma do game XBOX 360. O Project Natal é um sistema comandado por vários sensores (áudio e vídeo) que captam a movimentação do usuário e, assim, os comandos feitos, captados pelos sensores e executados em um determinado jogo. Ou seja: não há mais a necessidade de controles. Basta ficar na frente da barra com sensores e fazer os movimentos necessários.

A própria Microsoft explica melhor: Compatível com qualquer sistema Xbox 360, o sensor Project Natal é o primeiro do mundo a combinar, em um mesmo aparelho, uma câmera RGB, sensor de profundidade, microfone e processador especial. Ao contrário de câmeras e controles 2D, o Project Natal acompanha o movimento do seu corpo em 3D, enquanto responde a comandos, instruções e até mesmo mudança de tom na sua voz. Além disso, ao contrário de outros dispositivos, o sensor "Projeto Natal" não depende apenas da luz. Ele pode reconhecer você apenas olhando para seu rosto, e não só reage a palavras, mas entende o que você diz. Se você passa instruções a outros jogadores num jogo de futebol americano, eles respondem a seus comandos.

E o que Natal tem a ver com isso? O idealizador desta evolução tecnológica nasceu aqui em Natal. Seu nome é Alex Kipman. A Microsoft costuma nomear seus projetos com o nome das cidades onde nasceram seus colaboradores.

O Project Natal não é só uma evolução para o mundo dos jogos eletrônicos. Esta incrível tecnologia pode tornar realidade alguns mecanismos só vistos no mundo da ficção – como é o caso das telas com menus multi-funções de "Minority Report" ou a mesa de projetos de Tony Stark em "Homem de ferro". A interatividade total é o que promete esta revolução tecnológica. Só nos basta esperar.

Finalmente, que todas as copas sejam feita na europa. Claro que lá existe corrupção também (A Inglaterra que o diga), mas lá nos recônditos da velha europa as populações menos abastadas não precisam sofrer horas a fio por um atendimento médico. Eu prefiro que a copa seja na França, Alemanha, Itália, ou mesmo Ucrânia, e que por aqui eu possa utilizar meu project Natal tranquilo e rindo dos políticos potiguares e suas incriveis maneiras de tentar enganar e surrupiar o dinheiro público.

OBS: caso não tenha entendido o funcionamento do Project Natal, veja o vídeo produzido pela MICROSOFT